Saiu em Portugal

Esta é uma nova coluna aqui do blog que tem o intuito de atualizar periodicamente os principais livros que estão saindo no país que divide a mesma língua que a nossa. Como são muitos livros, vamos fazer uma curadoria de acordo os interesses do De Cara Nas Letras. 
Essa é uma ação de observar o mercado editoral português e ter o conhecimento sobre novas publicações de nosso conhecimento, ou não. 

A seguir algumas das obras que saíram no mês de abril.



ROMANCE

O Poder, de Naomi Alderman [ed. Saída de Emergência]



Vencedor do Baileys Women's Prize de ficção, O Poder de Naomi Alderman promete agradar aos fãs de Margaret Atwood. Aqui no país saiu pela Planeta de Livros.

Sinopse: Quando as raparigas ganham o poder de causar sofrimento e morte, quais serão as consequências? E se, um dia, as raparigas ganhassem subitamente o estranho poder de infligir dor excruciante e morte? De magoar, torturar e matar? Quando o mundo se depara com esse estranho fenómeno, a sociedade tal como a conhecemos desmorona e os papéis são invertidos. Ser mulher torna-se sinónimo de poder e força, ao passo que os homens passam a ter medo de andar na rua, sozinhos à noite. 
Ao narrar as histórias de várias protagonistas, de múltiplas origens e estatutos diferentes, Naomi Alderman constrói um romance extraordinário que explora os efeitos devastadores desta reviravolta da natureza, o seu impacto na sociedade e a forma como expõe as desigualdades do mundo contemporâneo.

Três Filhas de Eva de Elif Shafak [ed. Quetzal Editores]



Um romance "sobre a dificuldade de ser mulher e muçulmana." Em 2007 a Nova Fronteira publicou um outro livro da autora chamado De Volta a Istambul.

Sinopse: Romance ambientado em Istambul e em Oxford, conta a história de Peri, uma mulher da classe alta turca que já ultrapassou a casa dos 40. O epicentro de todos os acontecimentos é um certo jantar que reúne gente poderosa e rica, numa noite em que vários atentados terroristas abalam a capital turca. Entre o normal decurso do jantar e o seu súbito desfecho (um contraste de dimensões cinematográficas), Peri precisa de contactar com alguém que conhecera e deixara para trás, em Oxford - tal como regressar às discussões que nessa altura mantinha com duas amigas (Shirin e Mona) sobre a dificuldade de ser mulher e muçulmana. O tempo avança e recua entre os anos 80 (os da infância de Peri) e os da primeira década do novo milénio (quando era estudante em Inglaterra). É neste ambiente de tensão que um certo segredo ameaça ser revelado.

Nem Minha Casa é Já Minha Casa, de Eva Guimarães [ed. Bertrand]




Sinopse: Uma mulher que deixa as suas origens e que parte por amor. Longe, percebe que tudo aquilo com que tinha sonhado se torna num pesadelo. Um relato surpreendente que retrata a vida de uma mulher que, apesar de maltratada e humilhada, nunca perdeu a dignidade, e não deixou nunca de lutar para ser livre novamente.

Hotel Memória, de João Tordo [ed. Companhia das Letras]


Sinopse: Segundo romance de João Tordo, autor vencedor do prêmio José Saramago, Hotel Memória é simultaneamente um romance de mistério e um livro de aventuras. 
Inspirado pela ficção de Edgar Allan Poe e Herman Melville, é uma obra intrigante e comovente, que enfrenta os fantasmas da memória, da culpa e da redenção ao mesmo tempo que interroga o que faz de nós o que somos.

A Ordem do Dia, de Éric Vuillard [ed. Dom Quixote]


Vencedor do prestigiado Prémio Goncourt, em França, A Ordem do Dia descreve de forma trepidante e inovadora, em cenas memoráveis, os bastidores da ascensão de Hitler ao poder, numa lição de literatura, história e moral política.

Sinopse: A 20 de fevereiro de 1933, um dia comum em Berlim, teve lugar no Reichstag uma reunião secreta na qual os industriais alemães — entre os quais se contavam os donos da Opel, Krupp, Siemens, IG Farben, Bayer, Allianz, Telefunken, Agfa, BASF e Varta — doaram enormes quantias a Hitler para conseguir a estabilidade que ele prometia. 
A partir desse ano, Hitler preparou uma estratégia para a comunidade internacional para anexar pacificamente a Áustria; para isso, enquanto procurava o consentimento ou o silêncio dos primeiros-ministros europeus, manteve uma guerra psicológica com Schuschnigg, o chanceler austríaco, até que a invasão (uma vanglória do lendário exército alemão, que escondia graves problemas técnicos) foi um facto. 
Esta narrativa revela os negócios e os vulgares interesses comuns que tornaram possível a ascensão do nazismo e o seu domínio na Europa até à Segunda Guerra Mundial, com as consequências que todos conhecemos. 
A Ordem do Dia descreve de forma trepidante e inovadora, em cenas memoráveis, os bastidores da ascensão de Hitler ao poder, numa lição de literatura, história e moral política.

Tu Não És Como as Outras Mães, de Angelika Schrobsdorff [ed. Bertrand]


Sinopse: Quando se pensa que já se leu tudo sobre a Segunda Guerra Mundial, chega um testemunho incrivelmente vívido de uma família que sobreviveu ao Holocausto. Esta é a história de uma vida maior que a vida, um retalho de História extraordinário. Quem nos conta a história é Angelika Schrobsdorff, importante escritora de origem alemã. Era filha de Else e demorou quinze anos a pôr no papel a história da mãe, sem sentimentalismos, mas com o amor e a admiração inevitáveis, criando um pedaço de grande literatura, um clássico do nosso tempo.

O Domingo das Mães de Graham Swift [ed. Presença]


Em 1996 o autor ganhou o Prêmio Man Booker com o livro Últimos Pedidos publicado no Brasil pela Cia. das Letras.

Sinopse: 30 de março de 1924, Domingo da Mãe em Inglaterra, um dia em que as criadas regressam a casa para visitar as suas famílias. Mas Jane Fairchild, de 22 anos, é orfã e passa esse dia de modo diferente. Encontra-se com Paul, o jovem herdeiro de uma propriedade vizinha. Jane e Paul mantêm uma relação secreta há já alguns anos, contudo, ele irá desposar em breve uma rapariga da sua condição social. Os dois jovens fazem amor pela última vez e, ao despedirem-se, sucede algo inesperado que muda para sempre a vida de Jane... nos anos que se seguem, ela desenvolve o seu interesse pela leitura e vai trabalhar numa livraria em Oxford, acabando por se tornar uma romancista de sucesso. Um livro deslumbrante, impregnado de sensualidade, paixão, emoção. Graham Swift, Prémio Booker, na plenitude da sua maturidade literária.

MEMÓRIAS


Estou Viva, Estou Viva, Estou Viva de Maggie O' Farrell.



Já saíram algumas publicações dessa autora aqui no Brasil, como é o caso de A mão que me acariciou primeiro. Essa coletânea de memória vai tratar dos encontros da autora com a morte.

Sinopse: Uma doença na infância que deveria ter sido fatal, uma fuga em adolescente que quase termina em desastre, um encontro assustador num caminho isolado, um parto arriscado num hospital com falta de pessoal - estes são apenas quatro dos dezassete encontros com a morte que Maggie O’Farrell, autora multipremiada e uma das vozes mais interessantes da literatura atual, relata na primeira pessoa. São histórias verdadeiras e fascinantes que impressionam, comovem, arrepiam e, sobretudo, nos fazem recordar que devemos parar, respirar fundo e ouvir o bater do coração.


Diários, de Virginia Woolf [ed. Relógio D'água]



Em 1989 saiu Os diários de Virginia Woolf, uma edição pela Companhia das Letras com uma seleção de trechos dos diários da autora, esgotada até hoje. Essa edição da Relógio D'água traz os diários em sua versão mais estendida.

Do Prefácio: "O que nos diz o Diário da pessoa de Virginia Woolf que nos permita conhecê­-la melhor? O aspecto mais impressionante, creio ser a evidência de uma mulher extremamente contraditória. Desde logo, as alterações radicais dos estados de espírito, a dramática inconstância dos terrores e euforias vivenciais, de um dia tão divinamente feliz e de outro exausta e deprimida."

A Língua Resgatada História de uma Juventude de Elias Canetti


Prémio Nobel de Literatura, publicou romances e ensaios. Seu livro Auto de fé fez parte da coleção Prosa do Mundo, da extinta Cosac Naify.

Sinopse:  São poucos os escritores que conseguiram alcançar o patamar de Elias Canetti, autor de uma importante obra que abrange os mais variados géneros e estilos literários — do romance e ensaio de grande fôlego aos cadernos de apontamentos, dos epigramas ao teatro —, e da qual desponta uma das mais originais e perspicazes reflexões sobre a condição humana em sociedade, combinando erudição com fulgor narrativo. 
Primeiro dos três volumes que compõem as suas memórias autobiográficas, que se confundem com a atribulada história do século XX, A Língua Resgatada oferece ao leitor um retrato do contexto pessoal e do desenvolvimento criativo de Canetti durante os anos cruciais da sua juventude. Da cidade búlgara da infância, verdadeiro cruzamento de povos e culturas, onde o pequeno Canetti toma contacto com mais de seis línguas diferentes, à cosmopolita Manchester ou da imperial Viena à pacata Zurique, são estes os cenários que moldarão o seu crescimento, sempre sob os efeitos da conturbada relação com a mãe, narrados numa prosa íntima, intensa e veloz, que a Academia Sueca não hesitou em considerar "o ponto cimeiro da sua obra".


AUTORES BRASILEIROS




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