Resenha #261: A Festa de Aniversário & O Monta-Cargas - Harold Pinter

Título: A Festa de Aniversário & O Monta-Cargas
Autor: Harold Pinter
Tradução: Alexandre Tenório
Editora: José Olympio
Edição: 1
ISBN: 9788503012836
Gênero: Teatro
Ano: 2016
Páginas: 176

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RESENHA


Harold Pinter foi um poeta, ator, dramaturgo e roteirista britânico. Em 2005 venceu o venceu o Prêmio Nobel de Literatura. Pela primeira vez, a  editora José Olympio reúne duas peças que foram escritas em 1957 desse autor conhecido por criar um clima de angústia latente em suas obras.

Na primeira e mais longa das peças intitulada  "A Festa de Aniversário", Stanley Webber, o único hospede da pousada à beira-mar comandada pelo casal Petey e Meg, recebe a visita de dois desconhecidos que passam a interrogar Stanley. A tranquilidade do local passa a mudar quando eles resolvem fazer uma festa de aniversário para comemorar mais um ano de vida do inquilino.

Já em "O Monta-Cargas", nos deparamos com um grande dialogo entre dois pistoleiros (Gus e Ben) que aguardam sua próxima tarefa em um quarto de porão em Birminghan com seus revólveres nos coldres.

Particularmente, eu não gostei de nenhuma das peças, ao menos aqui no texto posso confirmar que não foi uma experiencia muito interessante. Talvez na execução, ela funcione melhor. O que senti foi que não havia um enredo em si plausível para sustentar o que os diálogos dos personagens e principalmente suas atitudes são jogadas ao longo do livro sem nenhum tipo de explicação, como se fossem ocultas, proporcionalmente, do leitor, todo o jogo que há por trás dos atos. E eu particularmente senti que ao final das duas peças, foi como se o texto não tivesse surtido efeito nenhum em mim. 

Em A Festa de Aniversário fica oculto o motivo dos estranhos estarem atrás de Stanley, assim como não sabemos como ele foi parar naquele lugar e o que aconteceu logo em seguida. Já na segunda peça, "O Monta-Cargas", é uma leitura absurda, você tem que imaginar o que está acontecendo e ler entre as linhas. 

Como disse, com a leitura dessas peças, não consegui me envolver tanto com as situações e muito menos personagens. Foi tudo muito desprendido e solto no ar, a ponto de deixar sem onde se apegar. Creio que ambas as peças funcionem melhor no palco, com as expressões dos atores e tudo mas em nossa frente. Talvez, no fundo, essas obras não tenham sido escritas para serem entendidas, e sim sentidas. O que não aconteceu comigo!

Esta foi a minha primeira experiência com o teatro do absurdo, e devo dizer que não gostei tanto. Preciso ler outras coisas para ver se mudo de opinião, mas ainda assim, se você tiver interesse em ler as obras, acho que por curiosidade vale à pena, ao menos pra tentar descobrir o porquê desse autor ter sido laureado com o prêmio Nobel e também o motivo de suas obras serem estudadas mundo afora. 

E você, já leu algo do teatro do absurdo? O que recomenda?

Até logo
Pedro Silva.

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